sábado, 24 de outubro de 2009

MATURIDADE



Quem é você?
Personalidade determina longevidade, diz estudo
Por Maria Fernanda Schardong
23/10/2009


A sua personalidade e o modo como encara a vida podem determinar quantos anos você viverá. A conclusão é do estudo americano intitulado New England Centenarian Study. Segundo o estudo, pessoas menos ansiosas e tensas, quando comparadas a outras gerações mais temperamentais, podem chegar ao centenário. O conselho dos especialistas é simples: leve a vida com mais alegria e menos preocupação. O estudo analisou as características de 246 pessoas, todas descendentes de pessoas centenárias e com idade de até 75 anos. A partir de um teste de personalidade, os pesquisadores concluíram que, além da herança genética que propicia uma vida mais longa, todos os participantes tinham traços de personalidade em comum: eram menos ansiosos e preocupados. Além disso, ficou comprovado que a taxa de mortalidade entre os descendentes é 120% menor do que a média da população. Para o psicólogo e especialista em gerontologia pela Uerj, Wallace Hetmanek, algumas características melhoram a interação com outros, proporcionado uma vida mais longa. “Podemos destacar a assertividade e a empatia, como componentes centrais das habilidades sociais, pelos ganhos que se pode obter através dessas duas características. E para quem julga ter pouco de alguma das duas, não há crise ou problema, pode-se treinar a qualquer momento e tentar ser mais feliz”, acredita ele. Quem vive mal-humorado, se estressa com facilidade e, principalmente, fica preso a acontecimentos do passado pode perder alguns anos, segundo a psicóloga e professora da PUC - Rio, Tereza Erthal. “Para essas pessoas, a vida se torna um fardo duro de suportar e, consequentemente, o tempo de duração fica reduzido, proporcional as suas preocupações. Tais pessoas não vivem o presente, mas o passado que não foi bem resolvido ou o futuro que causa apreensão. A melhor forma de viver é no aqui e agora”, aconselha Erthal. O estudo destaca também a facilidade com que as mulheres se sociabilizam, sendo mais agradáveis que os homens. A psicóloga da PUC concorda e acredita que o sexo feminino está no caminho certo. “As relações sociais são muito importantes para podermos aprender mais sobre nós mesmos e sobre os demais. A partir da interação com pessoas, formamos conceitos, criamos valores, descobrimos as diferenças e semelhanças"."Aceitação é a palavra chave e isso é viver mais e melhor”, destaca ela. Chegar aos 100 está cada vez mais fácil, e a Medicina está aí para ajudar quem deseja chegar ao centenário com saúde e qualidade de vida. Entretanto, Wallace faz uma ressalva importante: não é só a sua personalidade que vai determinar quantos anos você viverá. “Avalio o processo de envelhecimento como majoritariamente heterogêneo, no qual a genética, os hábitos de vida e outros fatores influenciam muito, mas que por hora, parece que existe mais "aleatoriedade" do que qualquer outro fator recém descoberto” finaliza o psicólogo.

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